Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas
nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite.
Clarice Lispector








24 maio, 2013

Pólen da Alma!: Mulher!

Pólen da Alma!: Mulher!: Não és  somente a casa de Maria, onde lançam os desocupados. Reprima tuas ondas.... ajusta  tuas saias... Esse  mar que abunda na tua &qu...

27 abril, 2013

Pedro Abrunhosa - Deixas em Mim Tanto de Ti

http://youtu.be/d9L0pGP__7s


Pedro Abrunhosa - Deixas em Mim Tanto de Ti

A noite não tem braços que te impeçam de partir
Nas sombras do meu quarto há meus sonhos pra cumprir
.............
Sei do vento quando te invento assim...
Não sei se a luz da manhã, não sei o que resta  em nós
...................
Porque tu deixas em mim, tanto de ti..
............
A estrada ainda é longa...
Quando a espera  não tem fim, há distancias sem perdão.
...........................................
Não sei o que trago em mim.......
Sei do vento quando te  invento assim........
Sei das ruas que  corremos sós, porque tu deixas em mim tanto de ti...
tanto de ti....As mãos vazias de ti...
Ai ai.....

Pedro Abrunhosa - Deixas em Mim Tanto de Ti

A noite não tem braços que te impeçam de partir
Nas sombras do meu quarto há meus sonhos pra cumprir
.............
Sei do vento quando te invento assim...
Não sei se a luz da manhã, não sei o que resta  em nós
...................
Porque tu deixas em mim, tanto de ti..
............
A estrada ainda é longa...
Quando a espera  não tem fim, há distancias sem perdão.
...........................................
Não sei o que trago em mim.......
Sei do vento quando te  invento assim........
Sei das ruas que  corremos sós, porque tu deixas em mim tanto de ti...
tanto de ti....As mãos vazias de ti...
Ai ai.....

27 novembro, 2012

Beth Hart and Joe Bonamassa- I'd Rather Go Blind




     Segurei as lágrimas como se segurasse a chuva que  teimosamente escorria pelo meu rosto. Sufoquei-me, tentei inutilmente ter alguma razão, tentei ser  a razão propriamente dita. Mas não consegui de fato ser o que eu queria nesse momento de incertezas.
     Tentei também esboçar um sorriso meio amarelado. “Pálida idéia”. O sol lá fora  insiste em contradizer-me. Essa incoerência natural de pensamentos que trago agora não me serve para nada, nem para o nada vazio em que me encontro servem de alicerce para sustentar meus pensamentos alienados e sufocados. Se te sufoco é por querer cuidar um pouco de você. Inútil tentativa, inútil vontade de querer  sem querer.
    Minha alegria contínua se esvai momentaneamente. Troco o dia cinza pela noite azul , fora do seu sul. Vejo-me absorta e torta como um vulto louco e triste. Aquela não era minha hora de dizer-te o óbvio. Então: distribuo sorrisos falsos sem mexer meus lábios quentes e vazios de palavras.
     Calo-me diante das horas que rapidamente caminham fazendo uns círculos de vida. Não era minha intenção obter sua vida, embora desejasse alguns minutos do seu tempo, apenas o essencial do essencial desejado. Nada que tomasse teu tempo curto.
     Senti-me só no meio de tantas frases mal redigidas e proferidas cruelmente. Senti-me estranha como um vulcão preste a explodir. Sensação perversa – meu reflexo sombrio me fez penetrar inversamente em teu olhar indefinido. Lembro-me nitidamente do teu rosto sem risos farto na boca. O contraste do branco e o preto. Do sangue que corre em minhas veias com o gelo do teu olhar. Senti arrepios frios e quentes. Um choque gentil e amargo. Sofri.
    Escrevi de trás para frente teu nome imaginário e a caneta falhou desesperadamente e indiscretamente escreveu algo inteligível, rasurado, absurdamente irreal. A tinta cortou minhas doces palavras e deu lugar para uma acidez envolvente e descrente. Sorrateiramente a chuva desceu no meu rosto até o limiar da boca molhando meus lábios de água com sabor do sal do mar revolto. Era o mar dos teus olhos frios. Novamente outro contraste. O frio da água de encontro ao meu corpo quente. Inerente ao meu estado de espírito.
    Ouço uma melodia, essa que ouves agora, enquanto lê esse texto sem sentido. Tento dizer-lhe coisas irreversivelmente inócuas ao meu paladar seco. A letra da música passa algo na minha mente e meu cérebro repete, repete. É como se eu, através dessa música murmurasse as palavras ditas, é como se eu cantasse para você o que teimosamente tento lhe passar em vão... E repasso a você num ato de desespero: escute a música, escute essa música, escute todas as que gentilmente  lhe ofereço... Eu preferiria, eu preferiria ser cega, moço, a vê-lo se afastar de mim desse jeito...Oooo, então veja que eu te amo tanto. Que eu não quero vê-lo me deixar. Acima de tudo eu não, eu não quero ser livre não. Eu só estava, eu só estava, sentada aqui pensando, nos seus beijos e no seu abraço apaixonado, yeah, embora o reflexo no copo que eu seguro nos meus lábios agora, querido, revelou as lágrimas que estavam no meu rosto, yeah".
    E a canção  continua tocando no fundo da minha alma, alimentando minha esperança vazia de que tudo pode acontecer.

Soraia...


11 novembro, 2012





EMPATIA

Espia! Diz uma linda voz interior.
O quê? O canto daquela cotovia.
Observa sua sensibilidade e magia.
É como se fosse o amanhecer do dia.

Vem cá, diz o velho sábio sabiá.
Seu segredo tem um charme idealista.
Existem pensamentos que não estão à vista.
Misture sua simpatia sem demagogia.

Bendizia a cotovia, bendizia o sabiá.
Antevia uma harmonia a reveria.
Mas quem diria que iria te encontrar.
Ah! O seu canto é o protótipo da euforia.

Espia! O quê? Espia essa louca empatia.
Use cores, preste atenção na nossa grafia.
Tem um grau de alquimia sem analogia.
E u diria a cosmologia em uma poesia.

Soraia 

07 novembro, 2012







Minha Parte III

Você é minha parte pálida, idéia casual.
Metade da melodia inteira de uma arte..
Risco fosco, garantia cálida e sensual
Sabor atenuado por uma companhia a La carte

Você é parte minha nas entranhas desses versos.
Avesso que alucina as partes de um anonimato.
Desejo obsoleto – o inverso instável e perverso.
Murmúrios e beijos – me tire desse celibato....

Você é minha parte, parte anônima do meu sexo.
Pele suada, pele arrepiada, pele e calmaria
Orgasmos incontroláveis do corpo e do meu reflexo.
Ondas de calor, lábios, gritos infindáveis  eu antevia.

Você é parte minha carnal obsessão arrogante.
Meu norte sem direção alguma – um gesto sexual
Parte nobre, forte, boca a boca- o gosto dos amantes.
Atos insólitos sedutores, meu silencio ausente abissal.

Você é minha parte, parte minha de prazer corporal
Metade tremula, metade delírio, metade excitação.
Frenesi além do mar, mar de desejos e o meu aval.
Pressão atrevida que devoro, loucuras de uma sedução.

Soraia

Para o meu grande amor...




Soraia




02 novembro, 2012

No potho reposare - Andrea Parodi



Andrea Parodi


Parte Minha II



Você é parte minha e do meu sul.
Parte clara das minhas noites em branco.
Tons escuros de um dia ligeiramente azul.
Canção lírica, aparentemente o tango  que danço.

Você é parte minha, minha alma calma e vadia
Parte da letra preta escrita no seu folhetim.
Mistura de cores, sons e algumas palavras vazias.
Metade azul, metade carmim, metade de mim.

Você é minha parte, minha arte poética digital
Parte de um quebra-cabeça  sem peças determinadas.
Arranjos suaves, sorrisos sem encartes, meu mal
Linha rítmica de uma rima clássica inacabada.

Você é minha parte, parte sua e de alguém.
Parte do espelho que vejo nos teus olhos lusos.
Toca meu corpo louco e solto bem além e aquém
Meu equilíbrio coerente sem horário e sem fuso

Você é parte minha,  parte inteira do meu avesso.
Ondas médias de ilusões que me vem do mar pra cá.
A partida para um lugar inexistente, sem endereço.
Partes lógicas da minha sensibilidade do lado de lá

Soraia Santiago.....